sexta-feira, 8 de abril de 2011

Leaving

É isso. Adeus, Leme. Estou partindo e te deixando. Vou sentir saudade de seu ar provinciano. Posso dizer que amei enquanto vivi aqui. Amei sua praia tranquila. Amei suas pracinhas e até o cheiro da marola que emana delas 24 horas por dia. Preciso me despedir do Naldo e de sua banca de jornal, e do salão de beleza da Mara.

Adeus, minha adorável Rotina. O sinal da Avenida Princesa Isabel sentirá minha falta. O Subway vai ter uma queda significante na venda dos sanduíches de rosbife. A rua Gustavo Sampaio chora a minha ausência, assim como os poetas e sambistas do Posto 1. E os banquinhos da orla já não têm mais minhas reflexões.

É triste dizer adeus. Se eu pudesse, levava daqui muitas coisas, a principal delas seria a minha janela. Ah, minha doce janela... através de seus vidros vi a maior lua dos últimos 18 anos. Vi casais de namorados caminhando de mãos dada pela orla, vi gringos dando belas gorjetas para o segurança do "American Bar". Preciso agradecer pelos belíssimos dias que te faziam parecer a moldura de um quadro. Daqui vi o pôr-do-sol e o aplaudi juntamente com os gigantes do Arpoador. Adeus praia, vou sentir falta de suas espumas vindo me acordar nas manhãs de domingo.

Acredito que o n° 60 da Princ. Isabel vai guardar boas lembranças de minha passagem. Afinal, foi debaixo de seu teto que dei boas vindas ao novo ano e pedi, PELO AMORRR, que ele fosse melhor que o anterior. Foi também palco de inúmeras crises e comemorações, marcando uma fase de grandes mudanças na vida dos que lá viveram. Se Neruda fosse vivo poderia me ajudar a nomear essa "casa" como fez com todas por onde passou. Pra mim, o melhor seria chama-la de 'La Transformación'.

Adeus Passado, OLÁ Futuro. Espero que você seja tão doce quanto o churros que vende no metrô. :)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Nostalgia

Ontem era 2010. Ontem eu estava fazendo provas de vestibular. Ontem eu fazia a última prova de química. Ontem eu estava nos 5 dias mais loucos e divertidos que eu já vivi, o passeio do colégio. Ontem eu estava chorando no meu ultimo dia de aula e na colação de grau. Ontem eu estava tendo a melhor noite da minha vida, a festa de formatura. Ontem eu estava me arrependendo da chance que eu deixei passar. Ontem eu estava superando velhas paixões. Ontem era reveillon e eu estava saudando o novo ano e querendo o velho de volta. Ontem era Janeiro e eu estava em Fortaleza com as meninas mais lindas desse mundo. Ontem eu estava me apaixonando pela Bahia e pelos colírios que encontrei por lá. Ontem era meu aniversário de 18 anos. Ontem era Fevereiro e eu queria Janeiro de novo. Ontem era Carnaval e eu fugi do Brasil com pessoas que eu amo muito. Ontem já passou e eu morro de saudades dele.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Planeta São Paulo

Atendendo ao desafio da minha design @andreafricks resolvi escrever sobre São Paulo fugindo, ou pelo menos tentando, do preconceito carioca. Não vou criticar a poluição e nem a falta de beleza natural da grande cidade, e sim mostrar uma visão bem positiva que eu tive durante minhas visitinhas.
Primeiro, deve-se encarar São Paulo como o que ela representa: Uma grande capital, o pólo financeiro do país, onde existe muita gente, consequentemente muito transito, prédios enormes e construções futuristas. Pousar em algum aeroporto paulista é ter a impressão de que o avião está desviando dos prédios e rodovias. Confesso que isso pode ser bem assustador.
Porém, uma vez em solo paulista recomendo que procure degustar da culinária italiana espalhada pelas famosas Cantinas. Pizzas, macarronadas, gnocchi, doces... tudo delicioso. Dica especial: Visite o Bar Veloso (não, não é o mesmo de Ipanema) e peça uma caipirinha para o Barman Souza (é a melhor caipi do Brasil segundo a Veja São Paulo). Ah! As coxinhas de frango são imperdíveis também! Outra opção de Bar é o Genésio e sua deliciosa caipirinha de Frutas Vermelhas. Para uma noite romântica serve o fofíssimo Paris 6, um bistrô parisiense 24 horas (isso mesmo, 24 horas !). E se você prefere saladinhas ou comidinhas lights vá até o Desfrutti e tome um suco de açaí, morango e laranja ( acreditem, é MUITO BOOM!).
Além de toda a maravilha gastronômica São Paulo tem muito a oferecer também no campo da cultura. Museus, galerias, livrarias... tudo aberto ao público. A Livraria Cultura é destino certo de quem aprecia uma boa leitura, e musica de qualidade. Poderia tranquilamente passar o dia inteiro ouvindo CDs e admirando os LPs nas confortáveis poltronas.
Acredito que São Paulo seja uma grande mistura capaz de agradar a todos ou quase todos. Existe um espaço na cidade destinado para cada grupo de pessoas. Dos festeiros (me recuso a dizer 'baladeiros') aos hippies, todos ajudam a compor um cenário de diversidade. E os paulistas, em sua maioria, são muito simpáticos (eu pelo menos sempre fui muito bem recebida hihihi).
Ainda que nunca nessa vida eu queira trocar minha Cidade Maravilhosa e seu cheirinho de mar pela Terra da Garoa, fico feliz em de vez em quando poder fazer uma visitinha. :)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Se eu fosse o Cupido...

As vezes olho para duas pessoas e tenho a forte sensação de que elas dariam muito certo juntas, de que seriam felizes. Pessoas que talvez nunca pensaram na possibilidade, ou nunca trocaram olhares constrangedores, mas que têm TANTAS coisas em comum! Interesses, gosto musical... Acabo sempre imaginando o que aconteceria se ele ou ela do nada tomasse a iniciativa do primeiro beijo. Eles ficariam juntos? Bom, se eu fosse o Cupido, acertaria uma flecha neles. Já tive essa sensação em relação a mim também. Contudo, mesmo que eu fosse o Cupido, não poderia acertar uma flecha em mim mesma, certo?
Acontece que quando se trata de amor não existem regras. Não é só escolher duas pessoas que combinem e PUMBA! Felizes para sempre. No amor vale tudo. Vale opostos se atraindo, paixões platônicas... Por isso eu acho que vida de Cupido não deve ser nada fácil! Imagina trabalhar mexendo justamente no ponto mais fraco das pessoas, que são os sentimentos? A chance de cometer um erro é enorme, e consciência de Cupido também pesa né! Quantos corações partidos não existem pelo mundo? E é tudo culpa do coitado do Cupido.


Percebi que se eu fosse o Cupido definitivamente pediria demissão!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O que a Bahia tem.

A Bahia é linda. Conhecida pelo tradicional Carnaval de Salvador, a folia, o axé e as belas praias, atrai turistas de todo o mundo. Mas o que define mesmo a infinita beleza do lugar é aquilo que só pode ser visto bem de perto e com olhos atentos.
Tive a oportunidade de visitar a Bahia fora da loucura do Carnaval e confesso que fiquei apaixonada. Fui conquistada não só pela beleza da paisagem, mas também ( e principalmente) pelas pessoas, pela vibe baiana e pela vida simples que todos levam. Cheguei a conclusão de que a Bahia é, na realidade, um lugar repleto de Felicidades Pequenas.
Como a do Seu Domingos, dono do restaurante Domingos de Diogo, localizado no Povoado de Diogo, lugar que seria facilmente classificado por nós, Seres Urbanos, como Fim de Mundo. Próximo ao restaurante existem casebres onde crianças brincam em meio a galinhas e barro. Tudo é muito simples, e misturado a natureza. Primeiro pensamento: "Nossa, eu nunca conseguiria viver aqui." E não conseguiria mesmo. Mas para Seu Domingos aquela vida é perfeita! E acredito que todos que moravam ali diriam o mesmo. Até as galinhas pareciam felizes com seus pintinhos! Aquelas pessoas nunca precisaram de bens materiais para se sentirem completas. Pergunta : " Os moradores do Povoado de Diogo são mais felizes do que nós na cidade grande?" Talvez sim.
Todavia, não é preciso ir a lugares distantes para ver as Felicidades Pequenas da Bahia. Basta passar pela linda capital baiana, Salvador, e visitar o bairro Pelourinho. Lá, espero que tenha sorte de esbarrar com os meninos do Olodum, sempre sorridentes fazendo seus shows, impossível não ser contagiado com o ritmo e a alegria deles. Ah, impossível passar pela Bahia e não conhecer as famoosas Baianas vendedoras de acarajé, que parecem AMAR o que fazem e não perdem a oportunidade de amarrar fitinhas do Senhor do Bonfim no seu pulso.
Acredito que são os baianos que com seu jeitinho manso e o sotaque inconfundível fazem você sentir que é muito bem vindo. É difícil ir embora da Bahia, e mais difícil ainda não querer voltar na próxima oportunidade. É uma delícia sentir um pouquinho das Felicidades Pequenas da Bahia e voltar pra casa com o gostinho de quero mais.


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vontades

Vontades são seres independentes. Costumam viver soltas, nômades, procurando alguma vaga na mente dos desavisados. E elas também não tem nenhum senso, sabe aquele seu amigo sem noção, que te liga de madrugada pra perguntar qual é o nome do filme que vocês viram no final de semana? Assim são as vontades.
Quando você menos espera, ou nos piores momentos, PUMBA! Vontades resolvem aparecer. Mesmo quando você pensa que está com superlotação de vontades, que não cabe mais nenhumazinha, elas arrumam um espaço. E aí você se vê com vontade de tomar açaí enquanto pula de um avião e pinta as unhas. Totalmente impossível. Mas elas são assim, sem coordenação, e por isso acaaabam com sua harmonia interna.
Você acha que finalmente vai conseguir prestar atenção naquela aula de geografia mega entediante e de repente, TCHAM! Vontade de dormir por horas, vontade de comer um Alfajor, vontade de desenhar notinhas musicais no caderno, vontade de contar para alguém a história que você ouviu no ônibus... Aula de geografia? Quê?! Onde?!
E ainda tem aquelas vontades que são permanentes, e já tomaram lugar definitivo na sua mente. No meu caso, vontade de ouvir música, de comer bolo de laranja, chocolate e Pizza de Pepperoni da Dominno's. Vontade de escrever sobre a vida, de aprender a tocar piano, e de pular de pará quedas. Vontade de saber cantar, de mudar o mundo, de morar fora por um tempo, de conversar por 10 minutos com o Chris Martin, a Oprah e o John Mayer. E mais algumas milhares...
Mas ainda que numerosas, as vontades são fundamentais para a sobrevivência das pessoas. Imagine viver num mundo sem vontades? Tudo seria parado, estagnado. Quem não tem vontade, não cria, e com isso, não evolui. Temo só de pensar em acordar de manhã e não ter vontade de nada, provavelmente não sairia da cama, o mundo seria feiro de robôs! Tá, sem viajar muito, é fácil perceber que as vontades movimentam a vida.
Gostaria de dizer que enquanto escrevia isso tive uma vontade súbita: A de nunca perder as minhas Vontades.


Obrigada de novo, @andreafricks. Ameei tudo! :)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

About a Weekend

Esse foi um final de semana atípico. Primeiro, o sábado amanheceu romântico, afinal era 12 de Junho, dia dos namorados. Pra mim, era principalmente véspera da prova da UERJ, mas mesmo assim, não pude deixar de me sentir feliz quando pela manhã, enquanto levava meus Dogs para um passeio na praia, pude sentir o clima "Love is in the air".
Recebi o primeiro sinal de que o dia dos namorados já havia começado ao cruzar com uma mulher extremamente sorridente, que parou para fazer carinho nos Dogs. É fácil de concluir: 9 horas da manhã no sábado dos namorados, uma mulher caminha em direção ao seu carro, sorri pra tudo e pra todos, sorri até pro nada. Faz uma pausa para fazer carinho em dois cachorros babões (mentira, eles são liindos) que ela nem conhece, solta um suspiro apaixonado e continua a caminhar, tão leeve... Resumindo, o 12 de Junho começou cedo pra ela. hahaha
Enquanto refletia sobre a mulher e sua "sex face", passei por um velhinho que andava lentamente, segurando com todo o cuidado um buquê de rosas vermelhas. Foi a visão mais FOFA que eu tive de todos os dias dos namorados. Eu quase, quase MESMO, pedi pra dar um abraço nele.
Enfim, a tarde resolvi que precisava fazer alguma coisa pra tirar a UERJ da cabeça. Então fui ao cinema assistir: Príncipe da Pérsia- As Areias do Tempo. Tá ai a dica pro final de semana. Além da ótima história e das cenas de ação imperdíveis, Jake Gyllenhaal está mais gato do que nunca. Acreditem meninas, só ele já vale o preço do ingresso. hahaha
O domingo chegou e as 8 horas em ponto eu estava na PUC, esperando para fazer a tão esperada prova da UERJ. Após 4 looongas horas de prova, tive que correr pro colégio, afinal era dia de festa junina. E como todos os alunos do terceiro ano do Santo Agostinho, eu iria dançar quadrilha. E pior, vestida de homem. Apesar da experiência traumática de usar um bigode horrível que coçava DEMAIS, foi bem divertido,já que no último ano de colégio as coisas tem um gostinho de despedida. :) Depois tive que correr pra casa, me arrumar em tempo record, e correr ( eu só corri) para o BotecoTaco, no Humaitá, onde seria a social da turma.
E não há melhor forma de fechar um final de semana cansativo, comemorando e jogando sinuca( ou pelo menos tentando) com os amigos. hahaha